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Plano Diretor do Campus

Plano Diretor 2024 prevê ampla participação popular

Foi lançado no último dia 25 o projeto do Plano Diretor da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, documento que deve ser concluído no final de 2024 e que será formulado com a participação da comunidade. O evento aconteceu no Auditório István Jancsó, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, no Campus Butantã, em São Paulo.

O Plano Diretor é o documento que busca assegurar as condições para o desenvolvimento e a plena realização das atividades relacionadas às missões e à produção da Universidade através de: infraestrutura, segurança, informação, qualidade ambiental e demais questões necessárias para o pleno desenvolvimento de suas atividades.

O Plano fica sob a responsabilidade do Comitê Coordenador do Plano Diretor Campus USP Butantã, e que inclui a SEF (Superintendência do Espaço Físico da USP), além de um Comitê Executivo. Participaram do evento de abertura, o Reitor da universidade, professor Doutor Carlos Gilberto Carlotti Junior, a vice-reitora, professora Doutora Maria Arminda do Nascimento Arruda, dentre outras autoridades, incluindo docentes e servidores da USP. A servidora Bárbara Toaliar, arquiteta da SEF indicada como representante dos servidores da USP no Comitê Coordenador, esteve presente no evento e também representou o Superintendente Prof. Miguel Buzzar.

A apresentação do projeto foi conduzida pela prefeita do Campus, a docente, arquiteta e urbanista, Raquel Rolnik. Segundo ela, o processo de elaboração do Plano Diretor é fundamental para o planejamento futuro do Campus. Apontou que neste ano foi realizada uma consulta pública para nortear as áreas mais importantes a serem abordadas no Plano para 2024.

O Reitor Carlotti parabenizou os integrantes do Comitê pela inciativa de discutir o plano conjuntamente com a comunidade e ressaltou ainda o que espera do projeto. “Nós queremos que o Plano ajude a transformar a USP em um ambiente ainda mais agradável para aqueles que frequentam, para a realização das atividades de ensino e de lazer (…) temos a oportunidade de gerar um Plano modelo para o país em sustentabilidade, mobilidade e qualidade de vida”, ressaltou o Reitor.

GRUPOS TEMÁTICOS – A partir da consulta pública realizada neste ano foram selecionados sete grupos temáticos que irão compor o Plano Diretor: Patrimônio Material, Cultural e Ambiental e Diretrizes Construtivas e Urbanísticas; Áreas Verdes e Fauna; Convivência, Segurança, Pertencimento e Relação com a Cidade; Energia; Água; Mobilidade e Resíduos.

O Plano será estruturado com base nos princípios: sustentabilidade, transição energética justa, adaptação às mudanças climáticas, inovação, qualidade de vida e participação da comunidade USP.

O processo participativo para a elaboração das propostas do Plano inclui reuniões dos grupos temáticos, apresentações públicas, oficinas participativas por setor e tema e abertura de formulários online no site do Plano Diretor Participativo (www.planodiretor.cb.usp.br).

PLANOS ANTERIORES – Segundo a arquiteta e servidora da SEF, Bárbara Camila Toaliar, responsável por apresentar resumidamente os planos anteriores, o primeiro Plano Diretor, que data de 1994, tinha como preocupação a expansão física de área construída, exclusivamente, identificando a necessidade de instrumentos de controle para não ocorrer a dispersão de investimentos.

Já o Plano de 1998 traz reflexos da relação Universidade e a comunidade externa. “Nesse momento identificou-se que as vias do Campus passam a servir de interligação entre bairros, verifica-se o aumento o fluxo e velocidade dos veículos e, consequentemente, dos acidentes. Além disso, começam a surgir problemas, como degradação dos edifícios e das áreas verdes, etc.”, apontou a arquiteta.

O documento de 2001 teve como diretriz básica o controle do uso do espaço físico através de institucionalização do controle, momento em que foi criada a Coordenadoria do Espaço Físico da USP (COESF), que tinha como foco a necessidade de gerenciamento do uso dos espaços físicos da Universidade.

O Plano Diretor de 2013 foi uma atualização do Plano de 2001, com o tema da circulação de pedestres e transporte coletivo trazidos ao primeiro plano. A política de priorização de pedestres e ciclistas, o incentivo do uso de transporte de alta capacidade e a retomada da discussão da instalação de uma estação da CPTM dentro do campus. Este Plano abordou de maneira mais enfática a necessidade preservação do espaço do campus, indicando edifícios de interesse histórico e arquitetônico (além dos tombados e em tombamento) que devem ser preservados e requalificados, assim como os traçados do campus.